O arroz carolino é o preferido dos portugueses, mas há inovações que interessam cada vez mais. Sobretudo, aquelas que acrescentam conveniência.
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Reportagem Margarida Oliveira
Tudo se transforma
A Louro olha para a sustentabilidade como um dos eixos estratégicos da empresa. Tudo começa na produção agrícola, que recorre a menos recursos naturais e, ao mesmo tempo, respeita princípios de economia circular. Reaproveita 100% dos subprodutos decorrentes da transformação do arroz: a casca, a trinca e o farelo são usadas por várias indústrias, tanto a alimentar como a animal, ou a dos materiais. Em paralelo, a empresa usa energia solar para alimentar os seus processos. No final da cadeia, o produto segue para as prateleiras em embalagens recicláveis.
O arroz, que faz parte de alguns dos pratos mais típicos da cozinha portuguesa, mantém-se firme como um dos ingredientes essenciais em qualquer despensa. Mas os tempos mudam, e as necessidades também. A Louro, embora já conte quase 40 anos a fervilhar nas panelas, sabe que nem tudo está igual. E é por isso que este «papagaio», já com muita experiência a dar sabor e corpo às mais variadas receitas, decidiu reinventar-se e, sem esquecer a tradição, é cada vez mais rápido a chegar ao prato. Para servir um consumidor que procura cada vez mais refeições rápidas, fáceis e também saudáveis, a Louro apresentou recentemente a nova gama de arroz pronto em dois minutos. Um arroz pré-feito que não quer deixar para trás o sabor. Assim, foi também feito a pensar nas receitas preferidas dos portugueses. Conta com as variedades arroz de tomate, arroz de feijão ou ainda o arroz primavera.
E, do lado dos clientes, estas sugestões têm sido recebidas de forma positiva. «Estamos a observar um crescimento das gamas de arroz pré-preparado ou pronto a consumir», indica a empresa. Tal é a procura, que a Louro não pretende ficar por aqui. Mantendo a fasquia nos dois minutos de preparação, acompanhamentos como quinoas, bulgur e trigo irão juntar-se à família das refeições prontas. «Além da conveniência, estas novas receitas têm grande relevância pelo crescimento da alimentação vegana», acrescenta a Louro. Precisamente para cativar novos segmentos de consumidores, em especial aqueles com um estilo de vida mais urbano e saudável, a empresa teve recentemente uma mudança de imagem, marcada por cores vibrantes.
No entanto, as variedades de mais rápida confeção não são as únicas a captar cada vez mais atenção. No eixo das cozinhas do mundo, também se observam aumentos relevantes de variedades como o basmati e o jasmim, decorrentes da crescente globalização e interesse por receitas asiáticas. Novidades à parte, o arroz carolino mantém-se sempre o produto mais vendido. «Quer pela longa história que tem dentro da marca, quer pela qualidade e dimensão do segmento em Portugal», justifica a marca.
No horizonte, 60 países
A marca de arroz Louro foi criada em 1986, em Oliveira de Azeméis. Está nas mãos da família Coelho há quatro gerações, cuja ligação ao arroz começou com um moinho junto ao rio, que lhe pertencia. Criaram a Novarroz, que mais tarde adotou a Louro, e conta hoje 120 trabalhadores. «Atualmente, a Novarroz posiciona-se entre uma das principais produtoras de arroz da Europa», garante a empresa. A sede e a fábrica mantêm-se em Oliveira de Azeméis, na aldeia de Ul, mas as origens do arroz são diversas. O arroz carolino é de origem portuguesa, mas as restantes variedades vêm de países como Paquistão, Vietname, Espanha, Itália e outros, da América do Sul. Seja como for, a qualidade é sempre uma preocupação, assegurada com rigorosos processos de cultivo, seleção e embalamento. A empresa trabalha com duas das mais exigentes certificações alimentares.
Já os destinos do arroz espalham-se por mais de 60 países, de zonas do globo que vão desde a Europa até ao Médio Oriente ou África. A exportação já representa mais de 60% das vendas. «A Novarroz tem um grande e longo conhecimento dos consumidores, e só assim conseguimos escolher as melhores variedades para se adequarem aos diversos tipos de culinária, em diversos países», explica a empresa. Arroz para risotto, sushi, paellas e pokes são algumas das variedades. Onde quer que seja consumido, o arroz Louro «é muito democrático e combina bem com muitos ingredientes», ao ponto de poder fazer parte de qualquer refeição. A Louro sugere começar o dia com um arroz doce com frutas vermelhas, seguido de um arroz de peixe fresco ao almoço. Ao lanche, podem fazer-se pipocas de arroz para misturar com o iogurte e, ao jantar, uma poke bowl com manga, abacate e salmão, para ser mais leve. A preocupação da Louro é facilitar uma alimentação que valorize o arroz de produção local, ao mesmo tempo que assegure refeições acessíveis.
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