JOANA COSTA ROQUE
É conhecida pela organização, que lhe permite ter uma alimentação sem desperdício. Fomos conhecer os truques de Joana Costa Roque para poupar o planeta, a carteira e algumas dores de cabeça.
POR FILIPA MARTA
Aqui, a organização é o mote. Senão, vejam: «À quarta ou quinta, faço a lista de compras; à sexta, vou ao supermercado e deixo os legumes e fruta lavados e bem acondicionados; e à segunda, preparo a base das refeições da semana». Esta rotina é de Joana Costa Roque, a mestre da cozinha sem imprevistos. É que, em sua casa, há sempre qualquer coisa pronta a meter no forno. «Vou de férias amanhã, mas sei que deixo preparado almôndegas, bolonhesa, sopa e uma lasanha vegetariana. Assim, quando ainda estiver tudo meio caótico, basta tirar do congelador», conta à Apetece. Aos 43 anos, e com sete livros de cozinha publicados, Joana tornou-se num ícone de uma cozinha fácil, acessível e na qual todos os alimentos são aproveitados ao máximo. «Para uma cozinha sem desperdício, preparação é a palavra de ordem», conta. Se, antes de ir às compras vir que ainda tem muitos espinafres, alguma das receitas será à base deste vegetal.
O peixe e a carne que estão no congelador são aqueles que vão para o forno nessa semana. «Além disso, aproveito tudo. Os talos dos brócolos vão para a sopa e com a rama da cenoura faço um pesto ou esparregado.» Joana admite que sempre fez listas e ementas semanais, mas desde que foi mãe pela segunda vez, e se viu com um bebé e um filho de dois anos, que percebeu que essa disciplina iria ser uma aliada. Actualmente, com três filhos de 4, 6 e 8 anos, são estes dias fixos para as tarefas que lhe trazem a certeza de que nunca é apanhada na curva da imprevisibilidade. O gosto pela cozinha vem-lhe de uma infância passada junto de quem cozinhava bem e ainda hoje recorda com carinho a sua primeira aventura culinária. «Um bolo de laranja que correu mesmo mal. Tinha 12 anos e ainda não percebia bem o que era 3/4 de uma chávena. Pensei que era entre 3 a 4 chávenas e, neste caso, era de óleo. Podem imaginar o resultado [risos].»
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