O Chef (e) é que sabe

O chef(e) é que sabe

DAMIAN IRIZARRY

Tradição e criatividade, taco a taco

Damian Irizarry: mais chefe que chef

Damian Irizarry não é cozinheiro, mas cofundador em 2014, com Marta Fea, daquela que viria a ser uma espécie de embaixada gastronómica não-oficial do México – um restaurante sem cerimónias e sin verguenza chamado Pistola Y Corazón. Foi na pequena taqueria da Rua da Boavista que muitos se iniciaram nos tacos e tiveram o seu batismo de margarita. Mas a pandemia chegou e o Pistola deu o último tiro em 2019.

Quatro anos e muitos projetos depois, Damian e Marta voltaram à carga com o Duro de Matar, restaurante e projeto de resistência pós-pandémica que descrevem como uma “taqueria de terceira vaga”. Damien explica: “Roubei isso do mundo do café, porque a “terceira vaga” do café dá mais importância à origem e ao sabor. Queríamos criar um conceito mexicano onde se saboreiam produtos locais.

“Às vezes podes comer algo
“tradicional”, mas podes não estar
a comer local.”

No menu do Duro de Matar estão identificados os produtores e todos os ingredientes, num diálogo constante entre México e Portugal. Mas no meio de tanta influência e fusão, onde fica a gastronomia típica mexicana? “O México tem 52 estados diferentes, é enorme. A minha avó não se entende com a avó de um amigo sobre receitas. Mesmo dentro do mesmo estado discutem sobre como se faz uma salsa verde. Eu venho do Norte, que é deserto, e depois tens o Sul, junto à Guatemala, que é tropical.

Chef Marlene Vieira a cozinhar Chef Marlene Vieira a cozinhar

“A cozinha mexicana é muito sobre atitude. Porque o resto, as pessoas vão inventando”

A cultura mexicana tem uma identidade cultural

E invenções não faltam no Duro de Matar: há opções vegetarianas e vegan para todos os gostos, tostadas de língua de vaca e até tacos com polvo do Algarve. O que não há? Comida feita à pressa e sem alma.

“O equívoco é pensar que a gastronomia mexicana é estreita, limitada”

Uma taqueria de terceira vaga dá mais importância à origem e sabor

Nascido no Novo México, EUA, Damian não rejeita uma boa fusão Tex-Mex, “cresci em El Paso e fora de casa era tudo super americano” e não torce o nariz à fast food – “adoro um bom Tex-Mex, um bom hot dog”. Se for feito com alma, claro.

Tacos para todos os gostos

Duro de Matar

Gringa de Camarão à la diabla Gringa de Camarão à la diabla

Gringa de Camarão à la diabla


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Tostada de Funcho com pistácio Tostada de Funcho com pistácio

Tostada de Funcho com pistácio


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Taco de Carnitas com salsa de abacate Taco de Carnitas com salsa de abacate

Taco de Carnitas com salsa de abacate


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