Cuidados Higiene Íntima

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  • H I G I E N E  í N T I M A F e M I N I N A


     Q U A I S  O S  C U I D A D O S  A  T E R ?

                                                                     

                                                                                             by cumlaude lab

    Mulheres intimamente cuidadas Mulheres intimamente cuidadas

    Existem situações em que as mulheres sentem pudor no que diz respeito à sua saúde íntima. 

    A saúde íntima é o estado de bem-estar e equilíbrio do aparelho genital feminino, composto pela vulva e a vagina. Neste estado de bem-estar, mantêm-se as condições fisiológicas adequadas à evolução da idade da mulher, sem perturbações locais, como prurido, secura, dor, infecções ou incontinência, além de permitir uma vida sexual plena e satisfatória.

    As perturbações vaginais podem originar stress e problemas nas relações interpessoais e sexuais, afectando a confiança e a auto-estima.

    A zona íntima é uma zona delicada, exposta a diversos factores externos e internos que perturbam o seu equilíbrio, pelo que está, muitas vezes, sujeita a infecções. Desta forma, o seu cuidado diário, através de uma adequada higiene íntima feminina, é fundamental para prevenir perturbações vulvo-vaginais. 

    Sabia que...

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    A B C  D A  V A G I N A 

    ABC da Vagina ABC da Vagina
    ABC da Vagina ABC da Vagina
    Importância do ph da vagina na higiene íntima feminina Importância do ph da vagina na higiene íntima feminina

    A vagina e o seu ph

    O pH vaginal é diferente do resto do corpo e varia conforme as etapas da vida da mulher.

    A partir da puberdade, com a produção hormonal, nomeadamente de estrogénio, ocorre uma libertação de glicogénio, que é convertido em ácido láctico, acidificando o meio. Assim, durante a etapa fértil da mulher (da puberdade até à menopausa) o pH vaginal é ácido.

    Por outro lado, na infância e, a partir da menopausa, devido à ausência hormonal, o pH da vagina é neutro.

    Desta forma, é importante utilizar cuidados específicos com um pH adaptado a cada etapa da vida da mulher, de forma a evitar desequilíbrios. A higiene íntima feminina deve ser ajustada para atender a essas variações de pH ao longo das diferentes fases da vida.


    Importância da lubrificação higiene íntima feminina Importância da lubrificação higiene íntima feminina

    Lubrificação da Vagina

    A vagina é naturalmente lubrificada pelo muco cervical, cuja produção depende do estímulo hormonal estrogénico. Além disso, quando existe um estímulo sexual, as glândulas de Bartholin aumentam a secrecção de muco lubrificante, de forma a reduzir a fricção durante as relações sexuais.

    No entanto, quando existem alterações na lubrificação vaginal, as mulheres podem apresentar secura vaginal.

    Este é um sintoma associado à menopausa pois, nesta fase, o corpo vai produzindo menos estrogénio, o que leva a uma menor secreção de muco. Contudo, esta situação não está apenas relacionada com a menopausa, podendo afectar mulheres de todas as idades, em diferentes fases da sua vida, já que existem diversas causas para o seu aparecimento, como alterações hormonais, stress, medicação (antidepressivos e retinoides), pós-parto e amamentação. A higiene íntima feminina adequada pode ajudar a minimizar a secura vaginal, mantendo o equilíbrio natural da região íntima.



    Importãncia do microbioma vaginal na higiene íntima feminina Importãncia do microbioma vaginal na higiene íntima feminina

    Microbioma Vaginal

    O conjunto de microrganismos que habita naturalmente a vagina, tem um papel fundamental na promoção do equilíbrio da vagina e na prevenção do aparecimento de bactérias patogénicas que podem, depois, levar ao aparecimento de infecções.

    Existem diversos tipos de microrganismos que habitam naturalmente na vagina, sendo os mais prevalentes os lactobacilos, que promovem uma protecção da vagina, impedindo o crescimento de microrganismos patogénicos e protegendo o ecossistema vaginal.

    Assim, é extremamente importante preservar este microbioma vaginal. A higiene íntima feminina adequada é essencial para equilibrá-lo e prevenir infeções.



    Idade fértil Idade fértil

    HIGIENE ÍNTIMA FEMININA NA IDADE FÉRTIL

    As mulheres, a partir da puberdade, começam a produzir hormonas, nomeadamente estrogénio, o que resulta na libertação de um açúcar, chamado glicogénio, que é fermentado pelos lactobacilos, as bactérias mais abundantes da flora vaginal, com a produção de ácido láctico, acidificando o meio vaginal. Nesta fase, é importante haver uma rotina de cuidados específicos, adaptados a estas características.


    HIGIENE 

    A higiene deve ser específica com produtos com pH ácido e que promovam uma limpeza suave, mas eficaz, preservando o filme hidrolipídico que protege a pele.  

    HIDRATAÇÃO 

    A secura vulvo-vaginal é uma situação cada vez mais frequente nas mulheres mais jovens, podendo estar relacionada com diversas situações como a toma de alguns medicamentos, como antidepressivos, o stress e hábitos de consumo. Assim, deve utilizar-se regularmente um hidratante específico, por forma a promover a hidratação vulvo-vaginal e evitar desconforto e secura. 

    LUBRIFICAÇÃO 

    Uma das consequências da secura vaginal é a dispareunia, nome dado à dor nas relações sexuais, pelo que se torna fundamental utilizar, além de hidratantes, lubrificantes, por forma a diminuir o desconforto da mulher nestas situações. Desta forma, para uso pontual, os lubrificantes substituem a lubrificação natural, facilitando as relações sexuais, através da redução da dor e desconforto e aumentando o prazer. 

    SUPLEMENTAÇÃO 

    Por outro lado, as flutuações hormonais, nomeadamente no período pré-menstrual e durante a gravidez, a ovulação e a toma de contracetivos orais, podem provocar alterações de humor e do sono e originar fadiga e cansaço. Estas alterações, aliadas ao sedentarismo, ao uso de roupas apertadas ou à má circulação, podem levar a muitas queixas de retenção de líquidos por parte das mulheres. Esta situação resulta numa incapacidade do organismo em eliminar os fluidos em excesso, que se acumulam nos tecidos, provocando edema (inchaço), sobretudo nas pernas, tornozelos, mãos e abdómen. 

    Os suplementos alimentares com ação drenante ajudam a eliminar os líquidos e a melhorar estes sintomas. 

    Existem também suplementos alimentares que ajudam a aumentar o níveis de serotonina, a “molécula da felicidade”, que contribuem para a regulação do humor, reduzindo os estados de ansiedade e depressão, a fadiga e o cansaço.

    Maternidade Maternidade

    MATERNIDADE

    Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por muitas alterações hormonais, físicas e emocionais, que podem causar desconfortos na zona íntima. A obstipação, o uso de sabões agressivos, dificuldade física na higiene, provocada pelo volume abdominal, podem ser causas de prurido vulvar e desconforto. Seguir uma rotina de cuidado íntimo adequada é muito importante para garantir o bem-estar da mulher e do bebé. 


    HIGIENE 

    Durante este período ocorrem algumas alterações vaginais, devido a um aumento na produção de estrogénio, pelo que o pH nas mulheres grávidas se torna mais ácido. Devem, por isso, ser utilizados produtos de higiene íntima específicos e suaves que promovam uma limpeza eficaz, mantendo o pH vaginal.

     HIDRATAÇÃO 

    Também é importante manter uma hidratação regular da zona íntima para promover a sua hidratação a longo prazo. Após o parto e, durante a amamentação, é muito frequente surgirem sintomas de secura vulvo-vaginal, já que os níveis de estrogénio diminuem consideravelmente.

    LUBRIFICAÇÃO 

    Para diminuir a dor e o desconforto nas relações sexuais, utilize um lubrificante para diminuir a fricção que ocorre entre os tecidos. 

    Menopausa Menopausa

    MENOPAUSA

    A menopausa marca uma transição da vida da mulher, na qual ocorre uma inativação da função do ovário. Ocorre, habitualmente, entre os 45 e os 55 anos, por isso e, tendo em consideração que a esperança média de vida tem aumentado ao longo dos anos, um terço da vida das mulheres é passado após esta fase. Apesar de ser inevitável, esta etapa pode ser um desafio para muitas mulheres, já que se verificam muitas mudanças fisiológicas no seu corpo, durante este período. No entanto, é importante desfrutar desta fase como de qualquer outra e encará-la com tranquilidade.


    SINTOMAS 

    A sintomatologia da menopausa deve-se sobretudo a alterações hormonais (défice estrogénico). Irregularidades menstruais - os primeiros sinais correspondem a períodos irregulares, mais curtos ou espaçados do que anteriormente.

    Afrontamentos - os “calores” repentinos são um dos sintomas mais característicos da menopausa, caracterizando-se por uma sensação súbita de calor durante alguns minutos, associada frequentemente a sudorese e palpitações. Muitas vezes, ocorrem, também, suores noturnos.

    Insónia - A par dos suores noturnos, existem frequentemente perturbações do sono durante esta etapa. 

    Secura e atrofia vaginal - em consequência da diminuição estrogénica, ocorre uma diminuição da lubrificação vaginal, pelo que a secura vaginal é também uma característica desta fase. Na atrofia vaginal, as paredes da vagina ficam mais finas, mais secas e menos elásticas irritando, com facilidade, devido a um défice estrogénico. 

    Falta de desejo sexual – uma redução na líbido é, também, um sintoma frequente da menopausa.

    Infeções vaginais - as alterações hormonais na menopausa podem desequilibrar a flora vaginal, aumentando a suscetibilidade ao desenvolvimento de infeções. 

    Nesta fase, deve ser adotada uma rotina de cuidado íntimo adequada, que deve passar por uma higiene íntima feminina específica, um reforço na hidratação vulvo-vaginal regular, bem como lubrificação pontual, nas relações sexuais.

    Também pode ser necessária a toma de suplementos alimentares que ajudem a reduzir os sintomas da menopausa, por forma a melhorar a qualidade de vida. 

    Infecções Infecções

    INFEÇÕES

    Quando há um desequilíbrio da flora vaginal e, no meio dela, proliferam microrganismos patogénicos, podem desenvolver-se infeções bacterianas ou fúngicas. Existem inúmeros fatores que contribuem para isso, entre os quais: 

    • Estados de debilidade do sistema imunitário
    • Toma de antibióticos e de corticosteroides
    •  Uso de roupa justa e sintética;
    •  Higiene inadequada.


    Assim, devemos ter em atenção as diferenças da zona íntima e escolher produtos adequados para a sua higiene específica, que ajudem a manter o equilíbrio natural do pH e limpem suavemente, mas de forma eficaz. 

    Além da higiene diária habitual, deve lavar e secar bem a zona íntima após a prática de exercício físico e após as relações sexuais. 

    As infeções mais comuns tratam-se da vaginose bacteriana e da infeção por Candida albicans, vulgarmente designada por candidíase

    Apesar de muitas vezes confundidas, podemos distinguir estas duas perturbações através dos seus sintomas: 


    VAGINOSE BACTERIANA 

    É uma infeção polimicrobiana que está associada a um corrimento branco-acinzentado, fino e homogéneo, com odor desagradável a peixe.

     CANDIDÍASE 

    A candidíase é provocada pelo fungo Candida Albicans e caracteriza-se por ardor, comichão e corrimento branco, grumoso e espesso. 


    COMO PREVENIR AS INVEÇÕES VULVO-VAGINAIS? 

    Existem alguns cuidados que podemos ter para evitar o desenvolvimento de infeções: 

    - Utilizar roupa interior de algodão e evitar o uso de roupa muito apertada: 

    - Utilizar produtos de higiene específicos e fazer a limpeza sempre da frente para trás;

     - Urinar e higienizar a zona íntima depois das relações sexuais; 

    - Trocar com frequência os pensos higiénicos, tampões ou copo menstrual.

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    Muitas mulheres desenvolvem infeções de forma recorrente, por isso, estas recorrências devem ser prevenidas através do uso de prebióticos que vão ajudar a restabelecer a flora e o pH vaginais, ajudando também a regularizar as secreções vaginais. 

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